segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cátedra de São Pedro


Os antigos romanos honravam a memória dos mortos e comiam junto de suas tumbas, ao redor de sua "cátedra" (cadeira reservada ao defunto para significar que estava presente no banquete). A partir do século IV, os crsitãos começaram a honrar uma "cátedra" muito mais espiritual : a de São Pedro, chefe da Igreja de Roma.
A Cátedra de Pedro ou Cadeira de São Pedro (Cathedra Petri em latim) é uma relíquia católica, conservada na Basílica de São Pedro em Roma, dentro de um compartimento de bronze projetado e construído por Gian Lorenzo Bernini entre 1647 e 1653, que possuí a forma de uma cadeira. Os católicos celebram a Cátedra de Pedro no dia 22 de fevereiro.
A cadeira de um bispo é uma cathedra; a cathedra na Basílica de São Pedro foi outrora utilizada pelos papas. Alguns historiadores afirmam que a cadeira foi utilizado pelo próprio São Pedro, outros porém, afirmam que na realidade ela foi um presente de Carlos II de França ao Papa Adriano II em 875.
Esta cadeira de madeira encontra-se lacrada em um compartimento de bronze de Gian Lorenzo Bernini, pois na Idade Média foram foram construídos diversos relicários com a intenção de proteger as respectivas relíquias. Os relicário possuí um painel com estofos padrão com um baixo-relevo de Cristo dando as chaves do céu a Pedro. Diversos anjos estão em torno do painel, em baixo há uma assento almofadado de bronze vazio: a relíquia está dentro. O relicário de Bernini é uma fusão da arte Barroco, escultura e arquitetura ricamente policromada, manipulando efeitos de luz.
Na Bíblia em Mateus 16,18-19, Jesus fala para Pedro: "Tu es Petrus et super hanc petram aedificabo Ecclesiam meam et portae inferi non praevalebunt adversum eam. et tibi dabo claves regni cælorum et quodcumque ligaveris super terram erit ligatum in cælis et quodcumque solveris super terram erit solutum in cælis." ("Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja as portas do inferno nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado nos céus"), esta frase está inscrita na cúpula em cima do relicário, sendo ambos vistos como símbolos da autoridade do Papa.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Quaresma


Chama-se Quaresma os 40 dias de jejum e penitência que precedem à festa da Páscoa. Essa preparação existe desde o tempo dos Apóstolos, que limitaram sua duração a 40 dias , em memória do jejum de Jesus Cristo no deserto. Durante esse tempo a Igreja veste seus ministros com paramentos de cor roxa e suprime os cânticos de alegria: O "Glória", o "Aleluia" e o "Te Deum".
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e vai até a "Missa da Ceia do Senhor"(quinta-feira Santa), os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Nesse tempo santo, a Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a
oração, a penitência e a caridade.
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa.
Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo.

A cor litúrgica deste tempo é o roxo que simboliza a penitênica e a contrição. Usa-se no tempo da Quaresma e do Advento.
Nesta época do ano, os campos se enfeitam de flores roxas e róseas das quaresmeiras. Antigamente, era costume cobrir também de roxo as imagens nas igrejas. Na nossa cultura, o roxo lembra tristeza e dor. Isto porque na Quaresma celebramos a Paixão de Cristo: na Via-Sacra contemplamos Jesus a caminho do Calvário

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.

A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função. Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.

Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 13 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.

O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.

Qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e a Quaresma?
A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que para os católicos, é a verdadeira penitência que Deus quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando a transformação das injustiças sociais.

Desta forma, a Campanha da Fraternidade é maneira que a Igreja no Brasil celebra a quaresma em preparação à Páscoa. Ela dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana, encarnada e principalmente comprometida com as questões específicas de nosso povo, como atividade essencial ligada à Páscoa do Senhor.

Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?
As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da Semana Santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.
Na quinta-feira Santa celebra-se a Ceia do Senhor, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.
Depois, vem a celebração da Sexta-feira da Paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, que celebra a morte do Senhor, às 15h. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.
No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que, do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no Domingo de Páscoa, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.
CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010- Cartaz

Explicação do cartaz da CFE - 2010
Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24). Com esta frase em destaque, o cartaz desta Campanha da Fraternidade representa o desafio de uma escolha quotidiana em nossa vida.
O fundo escuro evoca a penumbra de um templo onde, no recolhimento da oração, as mãos em atitude de súplica diante de uma vela feita não de cera, mas de dinheiro, revelam o drama do ser humano que precisa de bens materiais para satisfazer suas necessidades, mas que pode também se tornar escravo da ganância.
Aquelas mãos suplicantes dirigem uma prece a Deus, ou ao Dinheiro como se fosse Deus? É a luz de Deus que ilumina ou é o cintilar do ouro que atrai? O dinheiro é necessário no mundo dominado pelo mercado, onde tudo se compra e se vende. Precisa-se de dinheiro para comprar alimentos, roupa, para cuidar da saúde, para pagar o colégio, para adquirir a moradia e custear o lazer.
O cintilar do ouro e das moedas, porém, se mistura facilmente com a ambição e o desamor. Você pode se tornar escravo dos bens materiais e depositar neles a sua segurança. Você pode viver acumulando dinheiro e propriedades como se deles dependesse a sua vida. Você não pensa que seus bens podem ser supérfluos e suas necessidades podem ser imaginárias, induzidas pela propaganda, pela moda, pelas promoções de fim de semana. Você também acaba esquecendo que há crianças abandonadas, pobres morando nas ruas, pessoas famintas e doentes, e fica cuidando do seu dinheiro como se fosse Deus, fechando os olhos sobre as necessidades do próximo.
Este Cartaz convida você a se libertar da dependência dos bens materiais. A pôr a sua confiança em Deus. A fugir da ganância e do egoísmo. A cultivar sentimentos de fraternidade. A contribuir com o seu trabalho e os seus bens, para a construção de um mundo mais justo e solidário.
Fonte: Edições CNBB

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pastoral da Sobriedade

Dia Nacional contra o Alcoolismo

O dia de hoje é dedicado ao combate de uma doença considerada por especialistas como um grande mal da sociedade moderna.
O consumo de álcool em excesso pode matar ou debilitar o usuário em um tempo relativamente baixo. De acordo com estudos e médicos especializados no assunto existem mais de 60 doenças relacionadas ao alcoolismo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o Alcoolismo uma doença e segundo dados de pesquisas realizadas, em todo mundo que cerca de 76 milhões de pessoas sofrem de algum tipo de transtorno pelo consumo de bebidas alcoólicas. De acordo com estudos e médicos especializados no assunto existem mais de 60 doenças relacionadas ao alcoolismo.
O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a conseqüências irreversíveis. A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho.
Existem variantes para os efeitos do álcool que vão de acordo com a rapidez e frequência com que ocorre a ingestão, os alimentos consumidos durante o ato de beber, massa corporal da pessoa e até o estado de espírito no momento em que bebe. A bebida alcoólica atinge rapidamente a circulação do sangue e todos os órgãos do corpo, incluindo o sistema nervoso, provocando, mesmo em pequenas doses, a redução da coordenação motora e dos reflexos, o estado eufórico e desinibido da pessoa.
O álcool no organismo - O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. O álcool da aguardente vem da fermentação da cana-de-açúcar, e o da cerveja, da fermentação da cevada, por exemplo. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e absorvido no intestino. Pela corrente sangüínea suas moléculas são levadas ao cérebro.
A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo.
O uso danoso do álcool é ligado também a doenças que incluem o Câncer (de boca, esôfago, estômago, fígado), cirrose (entre outros problemas no fígado), alterações no sangue, doenças do pulmão, lesões cerebrais, doenças do coração e desordens mentais.
Os perigos do álcool - Apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas.
Grande parte dos acidentes de trânsito, arruaças, comportamentos anti-sociais, violência doméstica, ruptura de relacionamentos, problemas no trabalho, como alterações na percepção, reação e reflexos, aumentando a chance de acidentes de trabalho, são provenientes do abuso de álcool.
Portanto, fique alerta para os sinais do alcoolismo:
-Você já sentiu que deveria diminuir a bebida?
-As pessoas já o irritaram quando criticaram sua bebida?
-Você já se sentiu mal ou culpado a respeito de sua bebida?
-Você já tomou bebida alcoólica pela manhã para “aquecer” os nervos ou para se livrar de uma ressaca?
Apenas um “sim” sugere um possível problema. Em qualquer dos casos, é importante ir ao médico ou outro profissional da área de saúde, imediatamente, para discutir suas respostas. Eles podem ajudar a determinar se você tem ou não um problema com a bebida, e, se você tiver, poderão recomendar a melhor atitude a ser tomada.
Os males e doenças relacionados ao consumo abusivo do álcool já são conhecidos, então a recomendação para as pessoas que optarem por ingerir bebidas alcoólicas é para que limitem o consumo para menos de duas doses por dia para homens e menos de uma para mulheres. Lembrando sempre que a saúde, a estética e o corpo humano agradecem a falta do álcool. Mulheres grávidas, crianças e adolescentes não devem, sob hipótese alguma, ingerir bebida alcoólica.
Fonte:
http://www.sosvida.com.br



quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Quarta-feira de Cinzas


Um pouco mais de um mês, e vai chegar a festa mais importante do ano, a celebração do acontecimento central e máximo de toda a história da humanidade. Está se aproximando a Páscoa. E porque ela é tão grande, merece uma preparação à altura. Começa nesta quarta-feira a nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos esta preparação? Colocando cinza sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a nos alinharmos no caminho de Deus com seu projeto de justiça e paz para todos. Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência. Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma…
Quarta-feira de cinzas! Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que acolhe nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais, pecadoras. Conversão que consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, viver segundo o ensinamento do Senhor Jesus. Numa palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus. “Convertei-vos, e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz (cf. Mc 14,15). Esta palavra, a gente ouve, recebendo cinzas sobre a nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! Mas não reduzidos a pó!…
A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Quando o ser humano reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Cristo e no Espírito, então Jesus Cristo faz brotar vida de nossa condição mortal. Reconhecer-se assim, é entrar numa atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida.
Esta páscoa, a gente vive na conversão, através dos exercícios da oração, do jejum e da esmola ou partilha de bens e gestos solidários, no espírito do Sermão da Montanha. Páscoa que celebramos na Eucaristia, pela qual aclamamos Deus como aquele que, acolhendo nossa penitência, corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nosso espírito fraterno e, assim, nos dá a graça de nos aproximarmos do seu jeito misericordioso de ser, e nos garante uma eterna recompensa. Por isso que o sacerdote, em nome de toda a assembléia, canta na Oração Eucarística: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso…, vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia, repartindo o pão com os necessitados […]
Pela penitência da Quaresma, vós corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa” (Prefácio da Quaresma III e IV). Junto com a oferta total de Cristo ao Pai, pelo Espírito Santo, na Liturgia eucarística, une-se também a oferta de nossa penitência quaresmal. E Deus, por sua vez, nos recompensa com o corpo entregue e o sangue derramado de seu Filho Jesus, na santa comunhão.
Que o Cristo pascal nos ajude, para que o nosso jejum seja realmente agradável a Deus e nos sirva de remédio para a cura dos nossos vícios. E assim possamos celebrar dignamente a santa Páscoa de Cristo e nossa Páscoa.
(trechos do texto Frei José Ariovaldo da Silva, OFM)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

CAMPANHA DA FRATERNIDADE - CF

CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010
Fraternidade e Economia
Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro
(Mt 6, 24)
Sob a responsabilidade do Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), a Campanha da Fraternidade 2010 será ecumênica e estará aberta à participação de todas as denominações cristãs. Esta é a terceira Campanha da Fraternidade Ecumênica. As outras foram realizadas em 2000 e em 2005
“O objetivo da Campanha da Fraternidade 2010 é unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo paz”.

O tema da CF 2010 foi escolhido a partir de sugestões das Igrejas-membro do Conic. “Na Bíblia, os pobres e todos os necessitados estão no centro da justiça que Deus exige das relações humanas e econômicas”. A Campanha vai nos ajudar reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje, precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecoló
gica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico,
social e cultural.
Como começou a CF - Campanha da Fraternidade
A Campanha da Fraternidade surgiu durante o desenvolvimento do Concílio Vaticano II (1962-1965). A cada ano, desde 1964, a Igreja no Brasil propõe a todos os cristãos, a Campanha da Fraternidade (CF). Essa campanha desenvolveu-se mais intensamente durante a Quaresma, mas aos poucos, seu tema foi sendo refletido e engajado dentro da vida da Igreja durante todo o ano. É sempre um tema bem concreto através do qual, somos convidados a reconsiderar e, sobretudo, nossas atitudes para com o próximo, dando dimensão concreta à nossa conversão pessoal e à de nossas comunidades de Igreja.

A Quaresma é o período de 40 dias entre a Quarta-feira de cinzas – logo após o Carnaval - e a Semana Santa (que se inicia com o Domingo de Ramos). Durante a Quaresma, a Igreja e todos os cristãos preparam-se para a Páscoa. A Páscoa possui três interpretações: é a antiga festa de pastores para comemorar a primavera; é a festa dos Hebreus, para relembrar sua saída do Egito, no tempo de Moisés; é a festa anual dos Cristãos para celebrar a Ressurreição de Cristo.

É nesse contexto que inicia a CF, a qual é um projeto que procura animar todas as comunidades num compromisso pastoral concreto que marque a unidade da Evangelização pelo empenho comum em prol da solidariedade e fraternidade que nascem do amor de Cristo. Durante esse período, a liturgia trabalha paralelamente com a Campanha. Os cantos litúrgicos da missa, as preces e outras orações são voltados também para o tema que está sendo trabalhado. A CF atinge, cada ano, um problema determinado e urgente que precisa do esforço de ação pastoral conjunta no país, desafios sociais, econômicos, políticos, culturais e religiosos da realidade brasileira;

Inicialmente, a Igreja buscou rever sua parte interna, tanto que as primeiras campanhas tinham por objetivo principal reaproximar os leigos das atividades comunitárias e pastorais, além de reforçar a vivência na paróquia e na comunidade. Dessa forma, os primeiros temas da Campanha da Fraternidade contemplaram mais a vida interna da Igreja. A partir dos anos de 1970 essa postura muda e a Igreja passa a Igreja preocupa-se com a realidade social da população, denunciando o pecado social e promovendo a justiça.

Algumas Funções da Campanha da Fraternidade (CF):

É uma campanha quaresmal, que une em si as exigências da conversão, da oração, do jejum e da doação. Convoca os cristãos a uma maior participação nos sofrimentos de Cristo como possibilidade de auxílio aos pobres
início na quaresma e ressonância no ano todo (Cf. CNBB, Pastoral da Penitência, Doc. 34, nº. 4.3)
É um grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal: conversão, renovação interior e ação comunitária em preparação da Páscoa.
• Meio para viver os três elementos fundamentais da espiritualidade quaresmal: Oração – Jejum – esmola
• A CF é especialmente manifestada na evangelização libertadora, clama a renovar a vida da Igreja, a transformar a sociedade e a partir de temas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.

TEMAS E OS LEMAS DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE

CF 1964 – Igreja em Renovação - Lembre-se: você também é Igreja
CF 1965 – Paróquia em Renovação - Faça de sua paróquia uma Comunidade de fé, culto e amor
CF 1966 – Fraternidade - Somos responsáveis uns pelos outros
CF 1967 – Co-responsabilidade - Somos todos iguais, somos todos irmãos
CF 1968 – Doação - Crer com as mãos
CF 1969 – Descoberta - Para o outro, o próximo é você
CF 1970 – Participação - Participar
CF 1971 – Reconciliação - Reconciliar
CF 1972 – Serviço e Vocação - Descubra a felicidade de servir
CF 1973 – Fraternidade e Libertação - O egoísmo escraviza, o amor liberta
CF 1974 – Reconstruir a Vida - Onde está teu irmão?
CF 1975 – Fraternidade é Repartir - Repartir o Pão
CF 1976 – Fraternidade e Comunidade - Caminhar juntos
CF 1977 – Fraternidade na Família - Comece em sua casa
CF 1978 – Fraternidade no Mundo do Trabalho - Trabalho e justiça para todos
CF 1979 – Por Um Mundo Mais Humano - Preserve o que é de todos
CF 1980 – Fraternidade No mundo das migrações - Para onde vais?
CF 1981 – Saúde e Fraternidade - Saúde para todos
CF 1982 – Educação e Fraternidade - A verdade vos libertará
CF 1983 – Fraternidade e Violência - Fraternidade sim, violência não
CF 1984 – Fraternidade e Vida - Para que todos tenham Vida
CF 1985 – Fraternidade e Fome - Pão para quem tem fome
CF 1986 – Fraternidade e Terra - Terra de Deus, terra de irmãos
CF 1987 – A Fraternidade e o Menor - Quem acolhe o menor, a Mim acolhe
CF 1988 – A Fraternidade e o Negro - Ouvi o clamor deste povo!
CF 1989 – A Fraternidade e a Comunicação - Comunicação para a verdade e a paz
CF 1990 – A Fraternidade e a Mulher - Mulher e homem: imagem de Deus
CF 1991 – A Fraternidade e o Mundo do Trabalho - Solidários na dignidade do trabalho
CF 1992 – Fraternidade e Juventude - Juventude - caminho aberto
CF 1993 – Fraternidade e Moradia - Onde moras?
CF 1994 – Fraternidade e Família – A Família, como vai?
CF 1995 – A Fraternidade e os Excluídos - Eras tu, Senhor?
CF 1996 – A Fraternidade e a Política - Justiça e paz se abraçarão!
CF 1997 – A Fraternidade e os Encarcerados - Cristo liberta de todas as prisões!
CF 1998 – Fraternidade e Educação - A serviço da vida e da esperança!
CF 1999 – Fraternidade e os Desempregados - Sem trabalho... Por quê?
CF 2000 – Dignidade Humana e Paz - Novo milênio sem exclusões (Ecumênica)
Na celebração do Grande Jubileu da Encarnação a Campanha da Fraternidade foi realizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).
CF 2001 – Vida Sim, Drogas Não!
CF 2002 – Fraternidade e Povos Indígenas - Por uma terra sem males
CF 2003 – Fraternidade e Pessoas Idosas
CF 2004 – Fraternidade e Água - Dignidade, Vida e Esperança
CF 2005 – Solidariedade e Paz - Felizes os que promovem a Paz
CF 2006 – Fraternidade e Pessoas com Deficiência - Levanta-te, vem para o meio!
CF 2007 – Fraternidade e Amazônia - Vida e missão neste chão
CF 2008 – Fraternidade e Defesa da Vida - Escolhe, pois a vida
CF 2009 – Fraternidade e Segurança Pública - A paz é fruto da justiça
CF 2010 -Fraternidade e Economia-Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro (Mt 6, 24) (Ecumênica)

COLETA NO DOMINGO DE RAMOS

No final da Campanha, cada comunidade é chamada a um gesto generoso, cuja destinação não contemplará apenas necessidades dela. Pela sua doação, a comunidade vai ajudar a Igreja desenvolver obras de promoção humana e a sustentar a ação pastoral. Certamente não há Diocese do Brasil que não tenha já recebido ajuda de irmãos e instituições eclesiais de outros países. Numerosas paróquias e comunidades receberam ajuda financeira de entidades católicas do estrangeiro para as mais diversas finalidades: construção de igrejas, de centros comunitários, programas de formação, seminários... Dessa forma, a CF se expressa concretamente pela oferta de doações em dinheiro na Coleta da solidariedade. É um gesto concreto de fraternidade feito em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs, paróquias e dioceses.

Na coleta da Campanha, cada comunidade dá conforme pode, com cada uma colaborando de acordo com suas possibilidades. A colaboração deve ser generosa, gratuita, solidária e libertadora. A coleta da Campanha da Fraternidade, grande gesto concreto de fraternidade, deve tornar-se logo meio privilegiado para a auto-sustentação da Igreja no Brasil, garantindo recursos financeiros para ela manter obras sociais, programas de formação de leigos engajados, a infra-estrutura pastoral. A CNBB já recebe razoável recurso desta coleta para preparar a Campanha de cada ano e para as atividades que desenvolve.
Cartazes, desenhos, músicas, texto-base, textos voltados para cada pastoral, vídeos... Várias são as formas que a Campanha da Fraternidade pode ser trabalhada nas comunidades, sendo debatida e refletida pela comunidade.

QUANDO TERMINA A CAMPANHA?

Alguns podem pensar que, após a Páscoa, a campanha chega ao fim, todavia, é um grande equívoco. Ela perdura pelo ano inteiro, junto com o Ano Litúrgico, atuando com fervor nas outras atividades pastorais que são desenvolvidas ao longo do ano.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

DIA MUNDIAL DO DOENTE 2010

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O XVIII DIA MUNDIAL DO DOENTE 2010

Caros irmãos e irmãs
No próximo dia 11 de Fevereiro, memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria de Lourdes, celebrar-se-á na Basílica Vaticana o XVIII Dia Mundial do Doente. A feliz coincidência com o 25º aniversário da instituição do
Pontifício Conselho para a Pastoral no Campo da Saúde constitui mais um motivo para dar graças a Deus do caminho até agora percorrido no sector da pastoral da saúde. Formulo votos de coração a fim de que esta celebração seja ocasião para um impulso apostólico mais generoso ao serviço dos enfermos e de quantos se ocupam deles.
Efectivamente, com o anual Dia Mundial do Doente a Igreja tenciona sensibilizar profundamente a comunidade eclesial a respeito da importância do serviço pastoral no vasto mundo da saúde, serviço que faz parte integrante da sua missão, uma vez que se inscreve no sulco da mesma missão salvífica de Cristo. Ele, Médico divino, "passou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo Diabo" (Act 10, 38). O sofrimento humano tem sentido e é plenamente esclarecido no mistério da Sua paixão, morte e ressurreição. Na Carta Apostólica
Salvifici doloris, o Servo de Deus João Paulo II usa palavras iluminadoras a este propósito. "O sofrimento humano escreveu ele atingiu o seu vértice na paixão de Cristo; e, ao mesmo tempo, revestiu-se de uma dimensão completamente nova e entrou numa ordem nova: ele foi associado ao amor... àquele amor que cria o bem, tirando-o mesmo do mal, tirando-o por meio do sofrimento, tal como o bem supremo da Redenção do mundo foi tirado da Cruz de Cristo e nela encontra perenemente o seu princípio. A Cruz de Cristo tornou-se uma fonte, da qual brotam rios de água viva" (n. 18).

...

Neste Ano sacerdotal, o meu pensamento dirige-se particularmente a vós, queridos sacerdotes, "ministros dos enfermos", sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve chegar a cada homem assinalado pelo sofrimento. Estimados presbíteros, convido-vos a não vos poupardes no gesto de lhes oferecer cuidado e conforto. O tempo transcorrido ao lado de quem se encontra na prova revela-se fecundo de graça para todas as demais dimensões da pastoral. Enfim, dirijo-me a vós prezados doentes, enquanto vos peço que rezeis e ofereçais os vossos sofrimentos pelos sacerdotes, a fim de que possam manter-se fiéis à sua vocação, e o seu ministério seja rico de frutos espirituais, em benefício da Igreja inteira.
Com estes sentimentos, imploro sobre os enfermos, assim como sobre aqueles que os assistem, a salvaguarda materna de Maria, Salus Infirmorum, e a todos concedo de coração a Bênção Apostólica.
Vaticano, 22 de Novembro de 2009, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.
BENEDICTUS PP. XVI


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dia Mundial dos Enfermos

PASTORAL DA SAÚDE

DIA MUNDIAL DO ENFERMO
No Dia Mundial do Enfermo, que celebramos em 11 de fevereiro, memória litúrgica da Bem-aventurada Maria, Virgem de Lourdes, as Comunidades diocesanas se reúnem com seus bispos em momentos de oração, para refletir e programar iniciativas de sensibilização sobre as realidades do sofrimento.
Esta data foi instituída pela Igreja Católica, pelo papa João Paulo II, em 1993.
Momento de reflexão, sensibilização e mudança. Diante das condições impostas pelo mercado, onde cada dia precisamos correr mais e mais para mantermos os padrões preestabelecidos, fazemos um alerta a todos os profissionais de saúde, tanto aqueles que estão diretamente ligados ao paciente, quanto aos que cuidam das questões administrativas; um alerta também aos familiares e amigos que estejam com alguém passando por alguma enfermidade; sejamos mais sensíveis, pacientes e amorosos com os nossos doentes.
O objetivo desta data é, sobretudo, sensibilizar governantes e sociedade para uma atenção especial aos enfermos, possibilitando assistência mais adequada.
Orações e bênçãos a todos os enfermos, para que encontrem paciência e perseverança na busca da sua cura; a todos os familiares e amigos, para que sejam exemplos de dedicação e companheirismo; a todos os profissionais de saúde, para que sejam fieis aos seus juramentos e propósitos: a saúde.
Neste dia dos enfermos, rezemos por eles, para que se fortaleçam na Comunhão dos Santos, e rezemos por nós, para que aprendamos com eles.

Nossa Senhora de Lourdes

Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lourdes, às margens do rio Gave, Nossa Mãe, Santa Maria manifestou de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo-se a uma menina de 14 anos, chamada Bernadete (Bernardita) Soubirous.
A história da aparição começa quando Bernadete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Masabielle. Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernadete sofria de asma, não podia entrar na água fria, e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha.
Foi nesse momento, que Bernadete experimenta o encontro com Nossa Mãe, experiência que marcaria sua vida, “senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Masabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la”.
“Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Ms eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado alí olhando-a toda a vida. Então tive a idéia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da grupa, desapareceu”.
Em poucos dias, a Virgem volta a aparecer a Bernadete na mesma gruta. Entretanto, quando sua mãe soube disso não gostou, porque pensava que sua filha estava inventando histórias –embora a verdade é que Bernadete não dizia mentiras–, ao mesmo tempo alguns pensavam que se tratava de uma alma do purgatório, e Bernadete ficou proibida de voltar à gruta Masabielle.
Apesar da proibição, muitos amigos de Bernadete pediam que voltasse à gruta; com isso, sua mãe disse que se consultasse com seu pai. O senhor Soubiruos, depois de pensar e duvidar, permitiu que ela voltassem em 18 de fevereiro.
Desta vez, Bernadete foi acompanha por várias pessoas, que com terços e água benta esperavam esclarecer e confirmar o narrado. Ao chegar todos os presentes começaram a rezar o rosário; é neste momento que Nossa Mãe aparece pela terceira vez. Bernadete narra assim a aparição: “Quando estávamos rezando o terceiro mistério, a mesma Senhora vestida de branco fez-se presente como na vez anterior. Eu exclamei: ‘Aí está’. Mas os demais não a via. Então uma vizinha me deu água benta e eu lancei algumas gotas na visão. A Senhora sorriu e fez o sinal da cruz. Disse-lhe: ‘Se vieres da parte de Deus, aproxima-te’. Ela deu um passo adiante”.
Em seguida, a Virgem disse a Bernadete: “Venha aqui durante quinze dias seguidos”. A menina prometeu que sim e a Senhora expressou-lhe “Eu te prometo que serás muito feliz, não neste mundo, mas no outro”.
Depois deste intenso momento que cobriu a todos os presentes, a notícia das aparições correu por todo o povoado, e muitos iam à gruta crendo no ocorrido embora outros zombassem disso.
A Mensagem da Virgem
A
Mensagem que a Santíssima Virgem deu em Lourdes, pode ser resumida nos seguintes pontos:
1.- É um agradecimento do céu pela definição do dogma da Imaculada Conceição, que tinha sido declarado quatro anos antes por Pio IX (1854), ao mesmo tempo que assim apresenta Ela mesma como Mãe e modelo de pureza para o mundo que está necessitado desta virtude.
2.- Derramou inumeráveis graças físicas e espirituais, para que nos convertamos a Cristo em sua Igreja.
3.- É uma exaltação às virtudes da pobreza e humildade aceitas cristanamente, ao escolher a Bernadete como instrumento de sua mensagem.
4.- Uma mensagem importantíssima em Lourdes é o da Cruz. A Santíssima Virgem repete que o importante é ser feliz na outra vida, embora para isso seja preciso aceitar a cruz. "Eu também te prometo fazer-te ditosa, não neste mundo, mas no outro"
5.- Em todas as aparições veio com seu Rosário: A importância de rezá-lo.
6.- Importância da oraçao, da penitência e humildade (beijando o solo como sinal disso); também, uma mensagem de misericórdia infinita para os pecadores e do cuidado com os doentes.
7.- Importância da conversão e a confiança em Deus.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Mater Coeli - 10 anos



HISTÓRICO

O INSTITUTO CATÓLICO DE EDUCAÇÃO E CULTURA MATER COELI que quer dizer (MÃE DO CÉU), situado à rua Romário Gomes, 235, bairro São Francisco, foi criado pelo CENA (Centro de Assistência Social Nossa Senhora da Assunção), em 08 de setembro de 1999. Atende uma clientela de crianças e jovens distribuída desde a Educação Infantil até o Ensino Médio.
O MATER COELI desenvolve uma Filosofia da Educação voltada para a reflexão, para a atividade, para a aquisição do conhecimento, buscando como resultado a transformação, a mudança. Para tanto trabalha com o SER, o FAZER e o CONVIVER do educando.
Estando ligado à Igreja Católica, imprime um cunho religioso na sua vivência e volta-se para o atendimento das obras sociais da Paróquia. É dirigido pela Professora Therezinha de Jesus Tavares Monteiro que é auxiliada pela Professora Marilza de Araujo Rabelo da Silva.
Por ter a visão de que o mundo está em permanente transformação e que cada ser se faz pelo relacionamento com o meio físico e social, num processo também de construção permanente, o MATER COELI pretende buscar a interação harmoniosa entre o educando e o meio social em que vive, de maneira a caminhar lado a lado com o processo de vida.
Esta Filosofia que se preocupa com a formação do homem é contrária ao saber autoritário. O homem é um ser pensante e como tal usa está ferramenta para atuar e sobreviver, permitindo-lhe atingir graus sempre mais elevados na marcha para a sua evolução. Daí a importância em se aprender a utilizar desde cedo o pensamento.
O MATER COELI passa a existir como um espaço amplo de desenvolvimento de atividades educacionais e culturais indispensáveis à instituição de valores éticos e morais, centro e objeto fundamental do processo educativo, ajudando o educando a revelar-se como pessoa, a manifestar de forma atuante as suas potencialidades no meio social em que vive.
Neste contexto a Família é o referencial altamente considerado, resgatando juntamente com a Escola um repensar dos valores éticos e morais desejados para a formação de homens íntegros, justos e dignos: verdadeiros filhos de Deus.


INSTITUTO CATÓLICO DE EDUCAÇÃO E CULTURA MATER COELI
Ensino Fundamental e Médio - Autorizado pela Portaria E/COIE.E. Nº 1785, de 07/01/2004. .
Publicada no D. O. de 16/01/2004.
Educação Infantil – Autorizado pelo Parecer 06/2000 de 22/08/2000, nos Termos da Del. 01/98/ CMF - CF
CNPJ:28.850.048/0004-50
Rua Romário Gomes, 235 – São Francisco – Cabo Frio – RJ – CEP 28905-030
Tel./Fax.: (22) 2645-6331
CNPJ:28.850.048/0001-08
Rua Raul Veiga, 441 - Centro - Cabo Frio - RJ. CEP. 28907 - 090
E-mail: mater_coeli @ uol.com.br

A Palavra de D. Roberto ...

Fevereiro 2010



Considerações acerca do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH)


Foi divulgado pelo Exmo. Presidente da República o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos. Queremos em princípio atribuir a tentativa os melhores propósitos de garantir no país os Direitos Humanos bem como ajudar a firmar seu reconhecimento. No entanto nos preocupa em primeiro lugar a forma de elaboração do programa, foi a síntese de várias conferências sobre DH com a participação quase que exclusiva dos movimentos sociais e ONGs.
Percebe-se na redação e na formulação a confusão de interesses com direitos, e o viés assembleísta corporativo como dispositivo de pressão, aprovação que termina como veremos numa prática totalitária, pois só o congresso ou uma constituinte tem a legitimidade de representar toda a nação. Por outra parte percebemos a influência hegemônica do positivismo jurídico estatalista que afirma que os DH são concessões do Estado; cabendo ao Estado outorgá-los. Ora os DH são inerentes a pessoa humana, se depreendem de sua natureza, precedendo ao Estado, cabendo a este simplesmente reconhecê-los e respeitá-los.
Quanto ao conteúdo, de pretensos direitos deste programa, se relativiza seriamente o direito de propriedade gerando insegurança; se desconhece o direito à vida, que é o primeiro direito de cidadão, facilitando o crime do aborto; se envereda pela cultura de retaliação e do revanchismo ignorando as lições da história recente dos países dilacerados pelo ódio como África do Sul, Chile e Argentina que aprenderam dolorosamente que só com uma política centrada na verdade, no perdão e na reconciliação poderá haver paz e um futuro de concórdia nacional. Finalmente se enfraquece o Estado de Direito; suas instituições que devem estar em serviço de liberdade, do bem comum e da justiça social.
Fazemos votos que a sociedade civil brasileira que acompanha vigilante o processo de construção de uma democracia inspirada em valores humanitários e na participação de todos, rejeite este programa pela sua marcante tendência ideológica tão distante do preâmbulo de nossa Constituição.

+ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz
Bispo Auxiliar de Niterói

A Voz do Pastor

Fevereiro 2010

"A ação é cega sem o saber e este é estéril sem o amor"

Com o coração cheio de Esperança, daquela Esperança que "não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado!" (Rom,5,5), estamos iniciando o Novo Ano de 2010.
Esta Esperança nos encoraja a olhar para frente e para o alto na busca das luzes divinas de que necessitamos para construir um caminho de Paz e de Amor em meio às várias e espessas sombras que envolvem nosso mundo de hoje.
Através desta Esperança cristã somos conduzidos pelo Espírito Santo a aprofundar o real sentido da Caridade em nossa vida, na organização da Sociedade em que vivemos. Não a Caridade pequena, do mínimo, dos gestos sem vida e frios, anestesiadores da consciência. Mas a Caridade que jorra da Fonte Divina, do Coração do Senhor, e nos projeta nos elevados horizontes da apaixonante solidariedade, do verdadeiro humanismo cristão. Ela será iluminadora de todo o saber humano, reorientando o próprio rumo da História para Deus.
O Santo Padre Bento XVI escreveu, inspiradamente, estas palavras, na sua Carta Encíclica "Caritas in Veritate": "A caridade não exclui o saber, antes reclama-o, promove-o e anima-o a partir de dentro. O saber nunca é obra apenas da inteligência; pode, sem dúvida, ser reduzido a cálculo e a experiência, mas, se quer ser sapiência capaz de orientar o homem a luz dos princípios primeiros e dos seus fins últimos, deve ser "temperado" com o "sal" da caridade. A ação é cega sem o saber e este é estéril sem o amor." (Caritas in Veritate, cap.II,n.30).
Não podemos deixar de louvar a Deus pela profunda sabedoria contida nestas palavras do Romano Pontífice, Bento XVI. Palavras que nos ajudam a entender a raiz de tantas inconsequências e contradições no agir humano, neste começo do século XXI. Raciocínios técnicos, frios, sustentados por ideologias que reduzem tudo ao viez estreito da obtenção de lucros materiais, não conseguem equacionar os verdadeiros problemas humanos. Reúnem-se Governantes das Nações desenvolvidas, das Nações emergentes, dos Povos mais carentes, em prolongados debates e pouco ou quase nada resulta de tudo isto em prol da superação da fome, da miséria, das injustiças... E exatamente porque, como bem proclama o Papa, o centro dos debates não é o Homem, não são os valores da dignidade humana, mas unicamente a preservação dos caminhos que levam a lucros econômicos sempre maiores.
É ainda Bento XVI quem proclama: "O saber humano é insuficiente e as conclusões das ciências não poderão sozinhas indicar o caminho para o desenvolvimento integral do homem. Sempre é preciso lançar-se mais além: exige-o a caridade na verdade!" (idem, n.30)
Não é difícil perceber, a luz destas orientações pontifícias, a grande responsabilidade para a Igreja, para nós discípulos do Senhor, de procurar incansavelmente, contra tudo e contra todos, propor à moderna Humanidade a adoção dos princípios evangélicos da caridade solidária, da esperança estimulante para a justa abordagem dos problemas que fazem sofrer milhares de pessoas no mundo inteiro, objetivando as reais soluções para os mesmos.
Ajude-nos a Santa Mãe de Deus, Rainha da Paz, a imprimir em nosso itinerário espiritual, em nossa busca da intimidade com o Senhor, na vivência de uma autêntica experiência da Pessoa Divina do Senhor Jesus, a marca de uma profunda caridade solidária, sem medo de nos comprometer com a causa da Justiça e da Verdade, alicerces fundamentais para a construção de uma vida santa e evangélica.

+ D. Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pastoral da Perseverança


Encontro com Adolescentes - retornando das férias

Hoje tivemos o Encontro com adolescentes - Retorno das Férias.
Todos estão entusiasmados para iniciar um novo ano com muito trabalho missionário. Então, vamos ao trabalho...

Nosso Encontro contou com a presença do Pe. Rafael, que além de conversar com os adolescente, conduziu a Adoração ao Santíssimo Sacramento.

Os catequistas Mauro, Adriana e Natalia animaram o Encontro com música e a animação/dinamica ficou por conta de Patrick. Contamos também com a presença das catequistas Sandra, Vevé e Vania.

Agradecemos a colaboração de pais que nos ajudaram a realizar o Encontro e a Luzier que nos preparou um delicioso cachorro quente.

Abaixo fotos do evento:

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Santa Águeda

5 de fevereiro

Santa Águeda foi uma das mais veneradas virgens do início da Igreja Ela foi martirizada e executada nas perseguições conduzidas pelo Imperador Trajanus Decius numa serie de campanhas anti cristãs que o mesmo conduziu de 250 a 253. Águeda está na lista da Martirologia Hieronyminiana e na Martirologia Cartaginense do século VI . O local do seu martírio foi na Catania, Sicília . O Papa Damascus escreveu um hino em sua honra e incluiu um poema para ela, escrito por uma outra pessoa, em seu livro de devoções. Segundo os atos de seu martírio, ela era filha de uma proeminente e nobre família siciliana e era muito bonita. Um senador romano de nome Quintianus nomeado prefeito da região, pediu Águeda em casamento. Quando ela recusou e ele descobriu que ela era cristã, ele retaliou, colocando-a em um bordel onde ela milagrosamente escapou incólume.
Quando isto não funcionou, Quintianus acusou-a de pertencer a seitas fora da lei e ela foi condenada e esticada na roda, acoitada, marcada com ferros em brasa e finalmente seus seios foram cortados.
Nenhum remédio ou ataduras foram permitidas que se colocassem nas suas feridas e ela foi jogada num calabouço escuro e sem comida. Conta a tradição que ela teve uma visão de São Pedro acompanhado de um jovem carregando uma tocha. O jovem aplicou óleos medicinais em seus ferimentos, ficando curada. Quatro dias mais tarde, furioso pela cura milagrosa de Santa Ágata, Quintianus mandou que a rolassem nua, sobre uma cama de carvão em brasa misturado com pedaços de vasos. Águeda orava com grande paixão e fervor a Deus dizendo : "Meu Senhor e Jesus Cristo, Vós sois meu coração e a minha mente. Leve-me e faça-me seu."
Santa Águeda acreditava que a morte seria um feliz final para a sua torturas. Os carrascos tinham o cuidado para não deixa-la morrer e carregaram o seu corpo alquebrado de volta a cela, enquanto ela orava pela liberdade. Naquele exato momento um terremoto sacudiu a prisão e ela então veio a falecer.
No seu funeral, inexplicavelmente apareceu um jovem com uma tocha para honra-la. Pouco tempo depois, Quintianus foi jogado no rio pelo seu cavalo e afogou-se. No primeiro aniversário da morte de Águeda o vulcão do Monte Edna iniciou uma erupção. Os devotos de Santa Ágata tomaram o seu véu e colocando-o na ponta de uma lança subiram a montanha e o fluxo de lava milagrosamente parou. Santa Águeda também curou a mãe de Santa Luzia em um visão. Ela é a padroeira da Catania e é invocada contra terremotos e erupções.
Uma santa que resiste a tais torturas é muito reverenciada e o local de sua tumba é um local sagrado para os cristãos. São Gregório, o Magno tomou a igreja dos Góticos em Roma, e a consagrou a Santa. A Igreja de Santa Águeda está lá até hoje, para lembrarmos dela. Mais tarde pinturas de Santa Ágata carregando seus seios cortados em um prato, foram confundidos com pães e isto levou a prática dos pães de Santa Águeta, que são distribuídos no dia da santa para uma grande variedade de doenças e infortúnios.
Sua intercessão como padroeira de Malta é creditada, como tendo preservado a ilha dos Turcos em 1551.
A sua tumba está na Catania, Sicília e o seu véu está num santuário na Catedral de Florença. Varias igrejas são dedicadas a ela.
Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada como uma mártir com uma palma e os dois seios em um prato ou as vezes como os seios em duas pinças ou coroada com palmas. Ela é mostrada no mosaico de Santo Apolinário Nuevo em Ravenna, Itália e em outro mosaico, mostrando seu martírio por Sebastião del Piombo, no Palácio del Pitti em Florença, Itália.
Santa Águeda é também protetora das mulheres mastectomizadas, dos seios e da amamentação.

Santa Águeda, rogai por nós!


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Adoração ao Santíssimo Sacramento


QUINTA-FEIRA DE ADORAÇÃO
PELA IGREJA, PELOS SACERDOTES E PELAS VOCAÇÕES


Toda quinta-feira nossa Paróquia realiza uma hora de Adoração ao Santíssimo Sacramento às 18 horas na igreja matriz histórica.
Na primeira quinta-feira do mês, temos o dia inteiro para adorar ao Santíssimo Sacramento.
A Adoração inicia logo após a Santa Missa das 7h30m com a exposição do Santíssimo Sacramento, seguida de Hora Santa, louvores, Angelus (12 e 18h), Terço da Misericórdia, Súplica Ardente, Vésperas e terminando às 18 horas com a Bênção do Santíssimo Sacramento.
Durante o decorrer do dia, contamos a presença de diversas Pastorais e movimentos e também das equipes de canto que conduzem os louvores.










quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

São Brás

3 de fevereiro


São Brás nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, no final do século III.
São Brás, foi médico, mas entrou numa crise, não profissional, pois era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade. Mas nenhuma profissão, por melhor que seja, consegue ocupar aquele lugar que é somente de Deus. Então, providencialmente, porque ele ia se abrindo e buscando a Deus, foi evangelizado. Não se sabe se já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Esta mudança não foi somente no âmbito da religião, sua busca por Nosso Senhor Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional e muitas pessoas começaram a ser evangelizadas através da busca de santidade daquele médico.
Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja. Mas, na verdade, o Senhor o estava preparando, porque, ao falecer o bispo de Sebaste, o povo, conhecendo a fama do santo eremita, foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo; não por gosto dele, mas por obediência.
Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.
São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo.
O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local. São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Mas por amor a Cristo e à Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.
Conta a história que, ao se dirigir para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou e Nosso Senhor curou aquela criança.
Peçamos a intercessão São Brás para que a nossa mente, a nossa garganta, o nosso coração, nossa vocação e a nossa profissão possam comunicar esse Deus, que é amor.

São Brás, rogai por nós!

Abaixo, fotos da Missa das 7h30m - presidida por Monsenhor Valdir e das 19h presidida por Pe. Rafael


















Nossa Senhora das Candeias

2 de fevereiro


Nossa Senhora da Candelária, também invocada sob os nomes Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora das Candeias ou ainda Nossa Senhora da Purificação, é um dos muitos títulos pelos quais a nossa Igreja venera a Virgem Maria, sendo sob essa designação particularmente cultuada emPortugal apesar de sua aparência remonta às Ilhas Canárias (Espanha)
A origem da devoção à Senhora da Candelária tem os seus começos na festa da apresentação do Menino Jesus no Templo e da purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o seu nascimento (sendo celebrada, portanto, no dia 2 de fevereiro). De acordo com a tradição mosaica, as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao Templo até quarenta dias após o parto; nessa data, deviam apresentar-se diante do sumo-sacerdote, a fim de apresentar o seu sacríficio (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas) e assim purificar-se. Desta forma, José e Maria apresentaram-se diante de Simeão para cumprir o seu dever, e este, depois de lhes ter revelado maravilhas acerca do filho que ali lhe traziam, teria-lhes dito: «Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo» (Lucas, 2, 29-33).
Com base na festa da Apresentação de Jesus / Purificação da Virgem, nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão (conhecido pelas suas primeiras palavras em latim: o Nunc dimitis), que promete que Jesus será a luz que irá aclarar os gentios, nasce o culto em torno de Nossa Senhora da Luz / das Candeias / da Candelária, cujas festas eram geralmente celebradas com uma procissão de velas, a relembrar o fato.
Nossa Senhora da Candelária,
rogai por nós!

Apresentação do Senhor

2 de Fevereiro

A data escolhida para a festa da apresentação pela Igreja de Jerusalém foi, a princípio 15 de fevereiro, quarenta dias depois do nascimento de Jesus, que, então, o Oriente celebrava a 6 de janeiro, em conformidade com a lei hebraica, que impunha esse espaço de tempo entre o nascimento de um menino e a purificação de sua mãe. Quando, nos séculos VI e VII, a festa se estendeu para o Ocidente, foi antecipada para 2 de fevereiro, porque o nascimento de Jesus era celebrado a 25 de dezembro.
No século X a Gália organizou uma solene bênção das velas que se usavam nessa procissão; um século mais tarde, acrescenta-se a antífona Lúmen ad revelationem com o cântico de Simeão (Nunc dimittis).
A apresentação de Jesus no Templo não é um mistério gozoso, mas doloroso. Maria “apresenta a Deus o seu filho Jesus, “oferece-o a Deus. Ora, toda oferta é uma renúncia.
Começa o mistério de seu sofrimento, que atingirá o cume ao pés da cruz. A cruz é a espada que transpassará sua alma. Todo primogênito judeu era o sinal permanente e o memorial cotidiano da “libertação” da grande escravidão: os primogênitos no Egito haviam sido poupados. Jesus, porém, o Primogênito por excelência, não será “poupado”, mas com seu sangue trará a nova e definitiva libertação. O gesto de Maria “oferece” se traduz em gesto litúrgico em cada Eucaristia. Quando o pão e o vinho – frutos da terra e do trabalho humano - nos são restituídos como Corpo e Sangue de Cristo, nós também estamos na paz do Senhor, pois contemplamos sua salvação e vivemos à espera de sua “vinda”.

Abaixo fotos da Celebração presidida por Pe. Rafael.