sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mensagem do Papa Bento XVI para Quaresma 2011


«Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes»

(cf. Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).

1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 10-11). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.

2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.

O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.

3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.

Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.

Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

Vaticano, 4 de Novembro de 2010

BENEDICTUS PP XVI


CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma de 2011, com o tema «Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12). O texto foi apresentado hoje pela Santa Sé.

http://www.zenit.org/article-27319?l=portuguese

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Papa pede esforço para chamar novos padres

Mensagem de Bento XVI para

Dia Mundial de Oração pelas Vocações



Cidade do Vaticano, 10 Fev (Ecclesia) – Bento XVI apelou às comunidades católicas de todo o mundo para que assumam o “compromisso de promover as vocações” para o sacerdócio e a vida consagrada.

Na mensagem para o 48.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, hoje divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé, o Papa admite que esta proposta “pode parecer demasiado difícil” num tempo em que “a voz do Senhor parece sufocada por «outras vozes»”.

Segundo Bento XVI, “é importante encorajar e apoiar aqueles que mostram claros sinais de vocação à vida sacerdotal e à consagração religiosa, de modo que sintam o entusiasmo da comunidade inteira quando dizem o seu «sim» a Deus e à Igreja”.

O próximo Dia Mundial de Oração pelas Vocações vai ser celebrado a 15 de Maio, quarto domingo de Páscoa no calendário litúrgico da Igreja Católica, tendo como tema «Propor as vocações na Igreja local».

“É preciso que cada Igreja local se torne cada vez mais sensível e atenta à pastoral vocacional”, escreve o Papa, desejando que os adolescentes e jovens possam amadurecer “uma amizade genuína e afectuosa com o Senhor, cultivada na oração pessoal e litúrgica”.

“Entrar na vontade de Deus não aniquila nem destrói a pessoa, mas permite descobrir e seguir a verdade mais profunda de si mesmo”, diz Bento XVI.

A mensagem papal indica que “a gratuidade e a fraternidade nas relações com os outros” e "a abertura ao amor de Deus” permitem encontrar “a verdadeira alegria e a plena realização das próprias aspirações”.

“«Propor as vocações na Igreja local» significa ter a coragem de indicar, através de uma pastoral vocacional atenta e adequada, este caminho exigente do seguimento de Cristo, que, rico de sentido, é capaz de envolver toda a vida”, pode ler-se.

A última edição do «Anuário Estatístico da Igreja», publicação oficial da Santa Sé, revelava que entre 2000 e 2008 o número de sacerdotes se manteve quase estável, com um ligeiro aumento de 0,98% motivado pela dinâmica da Ásia e África (mais 23,77% e 31,09%, respectivamente).

Nesse período, a Igreja passou a ter mais padres diocesanos (de 265 mil para 274 mil) e menos sacerdotes de ordens e congregações religiosas (de 139 mil para 135 mil).

A Europa perdeu 15 930 padres (diocesanos e religiosos) em oito anos, uma quebra de 7,63% que atinge números mais significativos quanto aos candidatos ao sacerdócio (menos 21,15%).

Bento XVI diz que “as vocações ao ministério sacerdotal e à vida consagrada são fruto, primariamente, de um contacto constante com o Deus vivo e de uma oração insistente”.

Aos bispos, o Papa pede cuidado na escolha dos “dinamizadores do Centro Diocesano de Vocações, instrumento precioso de promoção e organização da pastoral vocacional e da oração que a sustenta e garante a sua eficácia”.

Bento XVI defende ainda uma “distribuição equitativa dos sacerdotes no mundo”, tendo em atenção as regiões onde faltam padres para responder às comunidades católicas.

Em conclusão, o Papa deixa uma palavra de estímulo aos que podem dar um contributo na “pastoral das vocações: os sacerdotes, as famílias, os catequistas, os animadores”.


http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=84220

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Nossa Senhora de Lourdes - Santa Missa


Maria Bernarda Soubirius, Santa Bernardete, teve uma grande experiencia mística, favorecida pelas apariçòes de Nossa Senhora, no ano de 1858. Desde então permanece a grande mensagem de Lourdes: amor à Eucaristia, apelo à conversão, à oração e à caridade. A aceitação dos sofrimentos em união com Cristo , por parte dos doentes, a doação constante de tantos jovens aos pobres e sofredores, as orações intensas são compreensíveis à luz da Eucaristia, que tem sempre o primeiro lugar em Lourdes.

Abaixo fotos das Santas Missas: 7h30m, presidida por Mons. Valdir, na Matriz Histórica e às 19h, presidida por Pe. Ricardo, na Matriz Auxiliar.

Dia Mundial do Enfermo

Igreja celebra Dia Mundial do Doente
Apelos contra a solidão e a marginalização de quem enfrenta as situações mais graves nas preocupações da comissão portuguesa

Lisboa, 11 Fev (Ecclesia) - A Igreja Católica celebra hoje o Dia Mundial do Doente, este ano concentrada particularmente na questão da solidão, seguindo a orientação deixada por Bento XVI na sua mensagem para esta ocasião para que ninguém seja “esquecido ou marginalizado”.

Se cada homem é nosso irmão, tanto mais o fraco, aquele que sofre e aquele que precisa de cuidados no campo da saúde deve estar no centro da nossa atenção, para que nenhum deles se sinta esquecido ou marginalizado”, escreve o Papa.

Em Portugal, a Comissão Nacional da Pastoral da Saúde (CNPS) adoptou como lema da celebração «Acompanhar a pessoa doente, um desafio para o cristão».

O coordenador nacional da CNPS, padre Vítor Feytor Pinto, explica à ECCLESIA que “a primeira coisa” que é necessária neste campo é o “acompanhamento global” da pessoa doente, oferecendo “elementos de companhia” e não apenas tratamentos médicos.

Seja quem for, merece da parte dos cristãos uma presença e não o desprezo da solidão, porque o drama maior do homem contemporâneo é a solidão”, alerta.

Um documento publicado no site oficial da CNPS fala numa “sociedade onde se multiplicam leis a excluir os que são incómodos”, alertando que “o abandono e, até, a eutanásia, começam a ser uma escolha estranha, perante os doentes mais graves”.

Ao cristão é pedida uma presença continuada que contrarie o isolamento, abra as portas ao jogo de afectos, indispensável à qualidade de vida”, pode ler-se.

Na sua mensagem para o Dia Mundial do Doente, Bento XVI afirma que uma sociedade que não aceita as pessoas que sofrem e não é “capaz de contribuir mediante a compaixão, para fazer com que o sofrimento seja partilhado” é uma sociedade “cruel e desumana”.

A medida da humanidade determina-se essencialmente na relação com o sofrimento e com aquele que sofre”, assegura.

O Papa convida a reflectir sobre o tema «pelas suas chagas fostes curados», numa alusão às feridas provocadas pelas crucifixão e morte a Jesus, como forma de ver, com esperança, os males que afligem a humanidade.

Ressuscitando, o Senhor não tirou o sofrimento e o mal do mundo, mas venceu-os na raiz. À prepotência do mal opôs a omnipotência do seu amor”, pode ler-se.

Bento XVI recorda a sua visita a Turim, em Maio de 2010, e a paragem diante do Santo Sudário, para dizer que muitas vezes a Paixão, a Cruz de Jesus parecem ser a negação da vida.

“A Cruz é o sim de Deus ao homem, a expressão mais alta e mais intensa do seu amor e a fonte donde brota a vida eterna”, explica

O Papa dirige uma saudação aos que se dedicam “a cuidar e a aliviar as chagas de cada irmão ou irmã doentes, nos hospitais ou casa de cura, nas famílias”.

“Nos rostos dos doentes, sabei ver sempre o rosto dos rostos: o de Cristo”, apela.

O Dia Mundial do Doente é celebrado anualmente pela Igreja Católica na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, que assinala as aparições a Bernardette Soubirous, em 1858, as quais levaram a um movimento de oração e caridade com atenção particular aos que estavam em situação de doença.

http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=84244

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

São Brás

3 de fevereiro de 2011

São Brás nasceu de uma família nore e recebeu educação cristã. Vivendo entre o final do século III e início do século IV, foi uma das últimas vítimas das persiguições romanas. Foi nomeado bispo de Sebaste, na Turquia, quando era ainda muito jovem. Seu culto bastante popular deve-e à bênção da garganta em lembrança de um milagre qua a tradição lhe atribui, por ter salvo uma criança sufocada por ter engolido uma espinha de peixe. Diz-se também que, quando estava na prisão, ganhou velas para iluminar a escuridão. Morreu decapitado. Que por sua intercessão sejamos protegidos por Deus dos perigos nesta vida.

Abaixo fotos das celebrações: 7h30m presidida por Monsenhor Valdir e 19h por Pe. Ricardo.
















quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

APRESENTAÇÃO DO SENHOR


2 de fevereiro de 2011
A festa daApresentação do Senhor encerra as celebrações natalinas, e, com a oferta da Virgem Maria e a profecia de Simeão no templo de Jesusalém, abre-se o caminho da paixão de Cristo rumo à Pascoa. Maria começa seu caminho de dor, presente na profecia de Simeão: "Uma espada traspassa-te-á a alma". A Páscoa de Cristo é a grande luz que iluminará nossa humanidade, e traz o pleno sentido de nossa existencia, pois fomos feitos para o infinito. Quem só aprendeu aolhar a terrra, também precida ser iluminado pela luz que vem do céu, e descobrir o infinito amor de Deus. Deixe a luz do céu entrar para ficar em sua vida!

Abaixo, fotos da celebração das 7h30m presidida pelo Monsenhor Valdir e das 19 horas, presidida por Pe. Ricardo.