"A ação é cega sem o saber e este é estéril sem o amor"
Com o coração cheio de Esperança, daquela Esperança que "não decepciona porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado!" (Rom,5,5), estamos iniciando o Novo Ano de 2010.
Esta Esperança nos encoraja a olhar para frente e para o alto na busca das luzes divinas de que necessitamos para construir um caminho de Paz e de Amor em meio às várias e espessas sombras que envolvem nosso mundo de hoje.
Através desta Esperança cristã somos conduzidos pelo Espírito Santo a aprofundar o real sentido da Caridade em nossa vida, na organização da Sociedade em que vivemos. Não a Caridade pequena, do mínimo, dos gestos sem vida e frios, anestesiadores da consciência. Mas a Caridade que jorra da Fonte Divina, do Coração do Senhor, e nos projeta nos elevados horizontes da apaixonante solidariedade, do verdadeiro humanismo cristão. Ela será iluminadora de todo o saber humano, reorientando o próprio rumo da História para Deus.
O Santo Padre Bento XVI escreveu, inspiradamente, estas palavras, na sua Carta Encíclica "Caritas in Veritate": "A caridade não exclui o saber, antes reclama-o, promove-o e anima-o a partir de dentro. O saber nunca é obra apenas da inteligência; pode, sem dúvida, ser reduzido a cálculo e a experiência, mas, se quer ser sapiência capaz de orientar o homem a luz dos princípios primeiros e dos seus fins últimos, deve ser "temperado" com o "sal" da caridade. A ação é cega sem o saber e este é estéril sem o amor." (Caritas in Veritate, cap.II,n.30).
Não podemos deixar de louvar a Deus pela profunda sabedoria contida nestas palavras do Romano Pontífice, Bento XVI. Palavras que nos ajudam a entender a raiz de tantas inconsequências e contradições no agir humano, neste começo do século XXI. Raciocínios técnicos, frios, sustentados por ideologias que reduzem tudo ao viez estreito da obtenção de lucros materiais, não conseguem equacionar os verdadeiros problemas humanos. Reúnem-se Governantes das Nações desenvolvidas, das Nações emergentes, dos Povos mais carentes, em prolongados debates e pouco ou quase nada resulta de tudo isto em prol da superação da fome, da miséria, das injustiças... E exatamente porque, como bem proclama o Papa, o centro dos debates não é o Homem, não são os valores da dignidade humana, mas unicamente a preservação dos caminhos que levam a lucros econômicos sempre maiores.
É ainda Bento XVI quem proclama: "O saber humano é insuficiente e as conclusões das ciências não poderão sozinhas indicar o caminho para o desenvolvimento integral do homem. Sempre é preciso lançar-se mais além: exige-o a caridade na verdade!" (idem, n.30)
Não é difícil perceber, a luz destas orientações pontifícias, a grande responsabilidade para a Igreja, para nós discípulos do Senhor, de procurar incansavelmente, contra tudo e contra todos, propor à moderna Humanidade a adoção dos princípios evangélicos da caridade solidária, da esperança estimulante para a justa abordagem dos problemas que fazem sofrer milhares de pessoas no mundo inteiro, objetivando as reais soluções para os mesmos.
Ajude-nos a Santa Mãe de Deus, Rainha da Paz, a imprimir em nosso itinerário espiritual, em nossa busca da intimidade com o Senhor, na vivência de uma autêntica experiência da Pessoa Divina do Senhor Jesus, a marca de uma profunda caridade solidária, sem medo de nos comprometer com a causa da Justiça e da Verdade, alicerces fundamentais para a construção de uma vida santa e evangélica.
Esta Esperança nos encoraja a olhar para frente e para o alto na busca das luzes divinas de que necessitamos para construir um caminho de Paz e de Amor em meio às várias e espessas sombras que envolvem nosso mundo de hoje.
Através desta Esperança cristã somos conduzidos pelo Espírito Santo a aprofundar o real sentido da Caridade em nossa vida, na organização da Sociedade em que vivemos. Não a Caridade pequena, do mínimo, dos gestos sem vida e frios, anestesiadores da consciência. Mas a Caridade que jorra da Fonte Divina, do Coração do Senhor, e nos projeta nos elevados horizontes da apaixonante solidariedade, do verdadeiro humanismo cristão. Ela será iluminadora de todo o saber humano, reorientando o próprio rumo da História para Deus.
O Santo Padre Bento XVI escreveu, inspiradamente, estas palavras, na sua Carta Encíclica "Caritas in Veritate": "A caridade não exclui o saber, antes reclama-o, promove-o e anima-o a partir de dentro. O saber nunca é obra apenas da inteligência; pode, sem dúvida, ser reduzido a cálculo e a experiência, mas, se quer ser sapiência capaz de orientar o homem a luz dos princípios primeiros e dos seus fins últimos, deve ser "temperado" com o "sal" da caridade. A ação é cega sem o saber e este é estéril sem o amor." (Caritas in Veritate, cap.II,n.30).
Não podemos deixar de louvar a Deus pela profunda sabedoria contida nestas palavras do Romano Pontífice, Bento XVI. Palavras que nos ajudam a entender a raiz de tantas inconsequências e contradições no agir humano, neste começo do século XXI. Raciocínios técnicos, frios, sustentados por ideologias que reduzem tudo ao viez estreito da obtenção de lucros materiais, não conseguem equacionar os verdadeiros problemas humanos. Reúnem-se Governantes das Nações desenvolvidas, das Nações emergentes, dos Povos mais carentes, em prolongados debates e pouco ou quase nada resulta de tudo isto em prol da superação da fome, da miséria, das injustiças... E exatamente porque, como bem proclama o Papa, o centro dos debates não é o Homem, não são os valores da dignidade humana, mas unicamente a preservação dos caminhos que levam a lucros econômicos sempre maiores.
É ainda Bento XVI quem proclama: "O saber humano é insuficiente e as conclusões das ciências não poderão sozinhas indicar o caminho para o desenvolvimento integral do homem. Sempre é preciso lançar-se mais além: exige-o a caridade na verdade!" (idem, n.30)
Não é difícil perceber, a luz destas orientações pontifícias, a grande responsabilidade para a Igreja, para nós discípulos do Senhor, de procurar incansavelmente, contra tudo e contra todos, propor à moderna Humanidade a adoção dos princípios evangélicos da caridade solidária, da esperança estimulante para a justa abordagem dos problemas que fazem sofrer milhares de pessoas no mundo inteiro, objetivando as reais soluções para os mesmos.
Ajude-nos a Santa Mãe de Deus, Rainha da Paz, a imprimir em nosso itinerário espiritual, em nossa busca da intimidade com o Senhor, na vivência de uma autêntica experiência da Pessoa Divina do Senhor Jesus, a marca de uma profunda caridade solidária, sem medo de nos comprometer com a causa da Justiça e da Verdade, alicerces fundamentais para a construção de uma vida santa e evangélica.
+ D. Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói
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