Abril 2010
O Senhor ressuscitou, Aleluia!
Esta vibrante exclamação da liturgia católica ilumina e dá uma nova dimensão à vida de todos quando celebramos e vivemos, com intensidade, os Mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus. Com efeito, o clima pascal leva ao âmago do nosso ser a energia espiritual que nos motiva a buscar, com renovado empenho, uma experiência mais radical da Pessoa Divina do Senhor Jesus Cristo.
Banhados no Sangue derramado por amor no altar da Cruz, quebram-se dentro de nossos corações as mais resistentes e endurecidas amarras dos vícios e pecados que tentam incutir em nossa mente os princípios vazios de uma conduta materialista e hedonista, afastada de Deus e da vivencia da Fé.
Neste contexto pascal reveste-se de uma significativa atualidade o texto da Conferência Episcopal Latino-americana e Caribenha, realizado em Aparecida, S.Paulo, em maio de 2007, que assim nos fala: "Nossa maior ameaça “é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez" (palavras do então Cardeal Ratzinger aos Presidentes das Comissões Episcopais da América Latina para a doutrina da fé, em 1.11.96, no México). Com esta advertência tão clara, o mencionado texto conclui: "A todos nos toca recomeçar a partir de Cristo, reconhecendo que "não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que da um novo horizonte a vida e, com isso, uma orientação decisiva". (citação da Encíclica "Deus caritas est" - Deus é Amor, de Bento XVI).
É justamente na vivência destes Sagrados Mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, que somos tocados interiormente por este amado Senhor, e a partir daí somos conduzidos pelo Espírito Santo a uma verdadeira renovação interior, aquela que S.Paulo nos propõe tão fortemente na Carta aos Efésios, cap.4, vv.21-23: “... se realmente O ouvistes, e como é a verdade em Jesus, n Ele fostes ensinados a remover o vosso modo de vida anterior - o homem velho que se corrompe ao sabor das concupiscências enganosas e a renovar-vos pela transformação espiritual da vossa mente, e revestir-vos do Homem Novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade"
Eis o itinerário que se abre diante de cada batizado nestes dias pascais, se acolhemos verdadeiramente o Ressuscitado em nosso coração, em nossa vida. No coração deste itinerário está o que João Paulo II, de saudosa memória, definiu como o "diálogo de amor", isto é, a oração, que deve "progredir até tornar a pessoa humana totalmente possuída pelo Amante divino, sensível ao toque do Espírito, abandonada filialmente no coração do Pai” (Carta sobre o Início do Novo Milênio, nº33). João Paulo II cita as palavras fortes, interpelativas do Senhor. "Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo.14,21).
É a partir desta experiência do Senhor que se abrem em nosso espírito as luzes de um novo modo de ser e de agir, nas mínimas situações do dia-a-dia, seja na vida familiar, na vida profissional, nos mais diversos setores do nosso agir, seja na própria vivência da nossa fé e das celebrações desta mesma fé.
Assim foi com os Doze Apóstolos, ao encontrarem o Senhor ressuscitado! Tudo, absolutamente tudo mudou na vida de cada um e, ao receberem a unção do Espírito Santo, por Ele, "afogueados", saíram pelo mundo afora, pregando o Evangelho da Vida, até selarem com o próprio sangue o seu testemunho de Jesus Cristo.
Assim, também, precisa acontecer com todos nós, católicos de hoje, pastores e fiéis, a quem o Ressuscitado chamou, ungiu com amor e nos quer radicalmente um Homem Novo, para dar testemunho d Ele em meio as duras tribulações que sacodem a Barca de Pedro, a Santa Igreja nos dias atuais.
Mas Ele ressuscitou, Ele venceu o Mal, Ele está vivo e conduz sua Igreja, purificando-a pelos sofrimentos, para que nela brilhe com renovado esplendor, o Mistério da Santidade e da Verdade.
Que a Santíssima Virgem, que com tanta alegria e júbilo encontrou o Filho Ressuscitado, nos ajude a perceber, com firme lucidez, que diante das acusações de pecado há que se contrapor o viço e o brilho da santidade! FELIZ PÁSCOA!
O Senhor ressuscitou, Aleluia!
Esta vibrante exclamação da liturgia católica ilumina e dá uma nova dimensão à vida de todos quando celebramos e vivemos, com intensidade, os Mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus. Com efeito, o clima pascal leva ao âmago do nosso ser a energia espiritual que nos motiva a buscar, com renovado empenho, uma experiência mais radical da Pessoa Divina do Senhor Jesus Cristo.
Banhados no Sangue derramado por amor no altar da Cruz, quebram-se dentro de nossos corações as mais resistentes e endurecidas amarras dos vícios e pecados que tentam incutir em nossa mente os princípios vazios de uma conduta materialista e hedonista, afastada de Deus e da vivencia da Fé.
Neste contexto pascal reveste-se de uma significativa atualidade o texto da Conferência Episcopal Latino-americana e Caribenha, realizado em Aparecida, S.Paulo, em maio de 2007, que assim nos fala: "Nossa maior ameaça “é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez" (palavras do então Cardeal Ratzinger aos Presidentes das Comissões Episcopais da América Latina para a doutrina da fé, em 1.11.96, no México). Com esta advertência tão clara, o mencionado texto conclui: "A todos nos toca recomeçar a partir de Cristo, reconhecendo que "não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande idéia, mas pelo encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que da um novo horizonte a vida e, com isso, uma orientação decisiva". (citação da Encíclica "Deus caritas est" - Deus é Amor, de Bento XVI).
É justamente na vivência destes Sagrados Mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, que somos tocados interiormente por este amado Senhor, e a partir daí somos conduzidos pelo Espírito Santo a uma verdadeira renovação interior, aquela que S.Paulo nos propõe tão fortemente na Carta aos Efésios, cap.4, vv.21-23: “... se realmente O ouvistes, e como é a verdade em Jesus, n Ele fostes ensinados a remover o vosso modo de vida anterior - o homem velho que se corrompe ao sabor das concupiscências enganosas e a renovar-vos pela transformação espiritual da vossa mente, e revestir-vos do Homem Novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade"
Eis o itinerário que se abre diante de cada batizado nestes dias pascais, se acolhemos verdadeiramente o Ressuscitado em nosso coração, em nossa vida. No coração deste itinerário está o que João Paulo II, de saudosa memória, definiu como o "diálogo de amor", isto é, a oração, que deve "progredir até tornar a pessoa humana totalmente possuída pelo Amante divino, sensível ao toque do Espírito, abandonada filialmente no coração do Pai” (Carta sobre o Início do Novo Milênio, nº33). João Paulo II cita as palavras fortes, interpelativas do Senhor. "Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo.14,21).
É a partir desta experiência do Senhor que se abrem em nosso espírito as luzes de um novo modo de ser e de agir, nas mínimas situações do dia-a-dia, seja na vida familiar, na vida profissional, nos mais diversos setores do nosso agir, seja na própria vivência da nossa fé e das celebrações desta mesma fé.
Assim foi com os Doze Apóstolos, ao encontrarem o Senhor ressuscitado! Tudo, absolutamente tudo mudou na vida de cada um e, ao receberem a unção do Espírito Santo, por Ele, "afogueados", saíram pelo mundo afora, pregando o Evangelho da Vida, até selarem com o próprio sangue o seu testemunho de Jesus Cristo.
Assim, também, precisa acontecer com todos nós, católicos de hoje, pastores e fiéis, a quem o Ressuscitado chamou, ungiu com amor e nos quer radicalmente um Homem Novo, para dar testemunho d Ele em meio as duras tribulações que sacodem a Barca de Pedro, a Santa Igreja nos dias atuais.
Mas Ele ressuscitou, Ele venceu o Mal, Ele está vivo e conduz sua Igreja, purificando-a pelos sofrimentos, para que nela brilhe com renovado esplendor, o Mistério da Santidade e da Verdade.
Que a Santíssima Virgem, que com tanta alegria e júbilo encontrou o Filho Ressuscitado, nos ajude a perceber, com firme lucidez, que diante das acusações de pecado há que se contrapor o viço e o brilho da santidade! FELIZ PÁSCOA!
+ D. Fr. Alano Maria Pena OP
Arcebispo Metropolitano de Niterói
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