A existência de Tomás de Aquino foi, sem dúvida, uma aventura divina.
Quando olhamos para o firmamento à noite, imenso veludo cravado de estrelas, percebemos que umas brilham mais do que outras. Tomás de Aquino no firmamento dos grandes homens é estrela de primeira grandeza. Entre os santos que o cristianismo apresenta, nenhum foi mais sábio.
Ao lado de uma cultura invejável e de uma inteligência admirável Tomás de Aquino deixou o exemplo de uma grande humildade. Honras e dignidades eclesiásticas lhe foram oferecidas, mas ele as recusou. Quis sempre viver na solidão de seu convento onde se refugiava quando não estava a dar aulas ou a pregar.
Tomás de Aquino revela que não basta um saber enciclopédico, mas este deve ser sólido, profundo, alimentado na reflexão contínua.
Na doutrina de Tomás de Aquino encanta não apenas a universalidade dos temas que abordou, dos quais tratou, mas a clareza de sua explanação é também digna de nota.
A obra monumental de Tomás de Aquino foi, sem dúvida, a Suma Teológica, a qual se pode comparar às majestosas catedrais do estilo gótico de seu tempo, elevando-se acima de todos os escritos deste gênero.
Tomás de Aquino ensina como uma vontade determinada, férrea, pode atingir os mais nobres objetivos. A concentração da inteligência nos estudos leva a resultados maravilhosos.
Num mundo no qual tudo arrasta o homem para fora de si mesmo, deixando-o entre as ondas revoltas da angústia e da agitação interior, Tomás de Aquino é um convite vivo a instantes de uma salutar entrega ao silêncio em busca daquela serenidade que felicita e engrandece.
Dada a popularidade de Francisco de Assis, melhor se pode ter uma idéia de Tomás de Aquino, fazendo-se uma comparação entre ambos:
Quando olhamos para o firmamento à noite, imenso veludo cravado de estrelas, percebemos que umas brilham mais do que outras. Tomás de Aquino no firmamento dos grandes homens é estrela de primeira grandeza. Entre os santos que o cristianismo apresenta, nenhum foi mais sábio.
Ao lado de uma cultura invejável e de uma inteligência admirável Tomás de Aquino deixou o exemplo de uma grande humildade. Honras e dignidades eclesiásticas lhe foram oferecidas, mas ele as recusou. Quis sempre viver na solidão de seu convento onde se refugiava quando não estava a dar aulas ou a pregar.
Tomás de Aquino revela que não basta um saber enciclopédico, mas este deve ser sólido, profundo, alimentado na reflexão contínua.
Na doutrina de Tomás de Aquino encanta não apenas a universalidade dos temas que abordou, dos quais tratou, mas a clareza de sua explanação é também digna de nota.
A obra monumental de Tomás de Aquino foi, sem dúvida, a Suma Teológica, a qual se pode comparar às majestosas catedrais do estilo gótico de seu tempo, elevando-se acima de todos os escritos deste gênero.
Tomás de Aquino ensina como uma vontade determinada, férrea, pode atingir os mais nobres objetivos. A concentração da inteligência nos estudos leva a resultados maravilhosos.
Num mundo no qual tudo arrasta o homem para fora de si mesmo, deixando-o entre as ondas revoltas da angústia e da agitação interior, Tomás de Aquino é um convite vivo a instantes de uma salutar entrega ao silêncio em busca daquela serenidade que felicita e engrandece.
Dada a popularidade de Francisco de Assis, melhor se pode ter uma idéia de Tomás de Aquino, fazendo-se uma comparação entre ambos:
Francisco de Assis era magro, de baixa estatura, vibrante, um corisco. Vivia atrás de seus pobres. Era um andarilho de Deus. Caminhava pelas estradas para ajudar os necessitados. Andava modestamente pelas ruas edificando a todos.
Tomás de Aquino era corpulento, pesado como um touro. Gordo, vagaroso. Tranqüilo e quieto. Nada sociável, era tímido. Vivia meditando, refletindo.
Francisco de Assis era irrequieto e para muitos um tanto quanto maluco em suas privações. Tomás de Aquino era o homem da pontualidade, da regra, do método.
Francisco de Assis desprezou os estudos e nem queria que seus seguidores freqüentassem as universidades. Tomás de Aquino era o intelectual debruçado sobre os livros e sempre a escrever.
Francisco de Assis era um poeta ambulante, imerso na beleza das flores, do murmúrio dos rios, do cântico dos pássaros. Tomás de Aquino era um poeta-teólogo, acadêmico, compondo hinos litúrgicos profundos.
Francisco de Assis queria persuadir pela simplicidade das ações vistas pelos homens para arrastá-los a Deus. Tomás de Aquino desejava persuadir pelas palavras para levar milhares até o Criador.
Francisco de Assis pode ser comparado com um manso cordeirinho imerso na natureza. Tomás de Aquino, como foi relatado, foi comparado a um boi, cujos mugidos ecoaram pelos séculos afora.
Francisco de Assis era filho de um comerciante da classe média e não estava de acordo com a vida mercantil do pai, pois não amava a agitação do comércio. Seu desapego total às coisas do mundo não se adequava à busca de um lucro material. Tomás de Aquino era de família nobre e poderia ter todo o conforto que o mundo oferece, mas desprezou as glórias mundanas para se entregar inteiramente a seu mundo interior sem o apego a tudo que o luxo pode oferecer.
Ambos por caminhos diferentes e numa ótica diversa optaram pela pobreza evangélica.
Francisco de Assis o homem menos mundano que andou pelo mundo viveu neste mundo como um pobre caminhante. Tomás de Aquino procurava a solidão como alguém que não fosse deste mundo para andar pelos caminhos do espírito nas regiões de profundas questões intelectuais.
Francisco de Assis pode ser chamado o trovador de Deus, mas, por certo, não admitiria o Deus dos trovadores. Tomás de Aquino não reconciliou Cristo com Aristóteles, mas sim reconciliou Aristóteles com Cristo.
Francisco de Assis é o santo da ecologia. Tomás de Aquino é o santo da filosofia.
Francisco de Assis mortificava tanto o seu corpo que mereceu ter em si os estigmas, ou seja, as chagas de Cristo. Tomás de Aquino preferia filosofar sobre o corpo, ensinando que o homem não é um homem sem o corpo, tal como o não é sem a alma.
Francisco de Assis tornou-se um santo eminentemente popular. Tomás de Aquino um santo mais venerado pelos intelectuais.
Quer Francisco de Assis, quer Tomás de Aquino deixam ambos uma mensagem vibrante para este final de milênio: a felicidade não se encontra fora de cada um, mas lá no íntimo do ser racional.
Francisco de Assis era irrequieto e para muitos um tanto quanto maluco em suas privações. Tomás de Aquino era o homem da pontualidade, da regra, do método.
Francisco de Assis desprezou os estudos e nem queria que seus seguidores freqüentassem as universidades. Tomás de Aquino era o intelectual debruçado sobre os livros e sempre a escrever.
Francisco de Assis era um poeta ambulante, imerso na beleza das flores, do murmúrio dos rios, do cântico dos pássaros. Tomás de Aquino era um poeta-teólogo, acadêmico, compondo hinos litúrgicos profundos.
Francisco de Assis queria persuadir pela simplicidade das ações vistas pelos homens para arrastá-los a Deus. Tomás de Aquino desejava persuadir pelas palavras para levar milhares até o Criador.
Francisco de Assis pode ser comparado com um manso cordeirinho imerso na natureza. Tomás de Aquino, como foi relatado, foi comparado a um boi, cujos mugidos ecoaram pelos séculos afora.
Francisco de Assis era filho de um comerciante da classe média e não estava de acordo com a vida mercantil do pai, pois não amava a agitação do comércio. Seu desapego total às coisas do mundo não se adequava à busca de um lucro material. Tomás de Aquino era de família nobre e poderia ter todo o conforto que o mundo oferece, mas desprezou as glórias mundanas para se entregar inteiramente a seu mundo interior sem o apego a tudo que o luxo pode oferecer.
Ambos por caminhos diferentes e numa ótica diversa optaram pela pobreza evangélica.
Francisco de Assis o homem menos mundano que andou pelo mundo viveu neste mundo como um pobre caminhante. Tomás de Aquino procurava a solidão como alguém que não fosse deste mundo para andar pelos caminhos do espírito nas regiões de profundas questões intelectuais.
Francisco de Assis pode ser chamado o trovador de Deus, mas, por certo, não admitiria o Deus dos trovadores. Tomás de Aquino não reconciliou Cristo com Aristóteles, mas sim reconciliou Aristóteles com Cristo.
Francisco de Assis é o santo da ecologia. Tomás de Aquino é o santo da filosofia.
Francisco de Assis mortificava tanto o seu corpo que mereceu ter em si os estigmas, ou seja, as chagas de Cristo. Tomás de Aquino preferia filosofar sobre o corpo, ensinando que o homem não é um homem sem o corpo, tal como o não é sem a alma.
Francisco de Assis tornou-se um santo eminentemente popular. Tomás de Aquino um santo mais venerado pelos intelectuais.
Quer Francisco de Assis, quer Tomás de Aquino deixam ambos uma mensagem vibrante para este final de milênio: a felicidade não se encontra fora de cada um, mas lá no íntimo do ser racional.
Ambos convidam para esta viagem que muitos não gostam de fazer: entrar no âmago da própria consciência. Lá se descobre Deus, para, em seguida, como fizeram os citados personagens, se abrir para o próximo, para a natureza, para as conquistas da inteligência.
Ambos mostram que há caminhos diversos para se atingir o objetivo último do homem nesta busca, nem sempre bem direcionada, da tranqüilidade, da ordem e da paz.
Este reencontro com tão ilustres e sábias figuras por certo move a um repensar frutuoso no sentido daquele auto-controle tão necessário seja a quem for.
Como mostra Francisco de Assis não é preciso se apartar do mundo e das maravilhas que Deus espalhou por toda parte. Cumpre curtir a vida.
Como ensina a vida de Tomás de Aquino não se pode afastar das conquistas do espírito, da inteligência. Tomás, certamente, se vivesse hoje, estaria enfronhado nos progressos humanos. Nas suas reflexões procuraria o sentido, o significado da ciência e da técnica tão avançadas de hoje. Deixou, porém, ele princípios valiosos para que os homens do século atual façam tal análise com pertinência e sabedoria.
Tomás de Aquino faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente a síntese do pensamento católico.
Após seu falecimento ele entrou para a História com o título de Doutor Angélico, dada a culminância espiritual que atingiu e a perfeição de sua existência.
Conta-se que certa ocasião, diante de um Crucifixo, Tomás ouviu de Jesus estas palavras: “Bem escrevestes sobre mim, Tomás, que prêmio quereis”? Respondeu ele: “Nada senão a Ti mesmo, Senhor”.
Ambos mostram que há caminhos diversos para se atingir o objetivo último do homem nesta busca, nem sempre bem direcionada, da tranqüilidade, da ordem e da paz.
Este reencontro com tão ilustres e sábias figuras por certo move a um repensar frutuoso no sentido daquele auto-controle tão necessário seja a quem for.
Como mostra Francisco de Assis não é preciso se apartar do mundo e das maravilhas que Deus espalhou por toda parte. Cumpre curtir a vida.
Como ensina a vida de Tomás de Aquino não se pode afastar das conquistas do espírito, da inteligência. Tomás, certamente, se vivesse hoje, estaria enfronhado nos progressos humanos. Nas suas reflexões procuraria o sentido, o significado da ciência e da técnica tão avançadas de hoje. Deixou, porém, ele princípios valiosos para que os homens do século atual façam tal análise com pertinência e sabedoria.
Tomás de Aquino faleceu em 1274, deixando para a Igreja o testemunho e, praticamente a síntese do pensamento católico.
Após seu falecimento ele entrou para a História com o título de Doutor Angélico, dada a culminância espiritual que atingiu e a perfeição de sua existência.
Conta-se que certa ocasião, diante de um Crucifixo, Tomás ouviu de Jesus estas palavras: “Bem escrevestes sobre mim, Tomás, que prêmio quereis”? Respondeu ele: “Nada senão a Ti mesmo, Senhor”.
Prestes a morrer pronunciou estas palavras, após receber a Eucaristia: “De ti, Senhor, me veio o preço da redenção da minha alma! Todos os meus estudos, vigílias e trabalhos foram por teu amor”.
Santo Tomás de Aquino,
rogai por nós!
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