domingo, 15 de maio de 2011

Bom Pastor - IV Domingo da Pascoa



Pastores, guias dos irmãos

Falar hoje dos “pastores” da Igreja não é fácil, devido às incrustações históricas que deformam as perspectivas e as mentalidades, mesmo entre os fiéis. Restituir aos pastores e as suas funções na Igreja a verdade e a autenticidade é tarefa urgente hoje.
O papa, pastor supremo, ainda é visto em muitos ambientes como um chefe político, um diplomata, a expressão de um monolitismo e de um absolutismo ultrapassados. Importa apresentá-los como o centro de unidade e coesão da Igreja, o que realmente é.
O bispo não é um solene dignitário, um alto funcionário do espírito, distante e separado do seu rebanho; é o centro de unidade da Igreja local, o mestre e pai da família diocesana.
O pároco e os sacerdotes empenhados no ministério pastoral não são burocratas e funcionários a quem nos dirigimos para por em dia as nossas “práticas”, não são altas personagens a quem se recorre para obter cartas de recomendação, nem distribuidores de esmolas ou de sacramentos. São acima de tudo “pastores” totalmente dedicados a seu povo, a quem servem com amor, respeito e dedicação total.
Delegada a alguns homens, a autoridade na Igreja não se pode ser mais do que sinal do governo do Senhor: não é absoluta; é uma autoridade que está em relação com o Cristo ressuscitado. A obediência do cristão é uma obediência de fé, oferecida ao Senhor, reconhecido nos sinais vivos, isto é, nas pessoas que dirigem a Igreja.
(Missal Dominical)

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